A tireoide é uma glândula localizada na frente dos anéis da traqueia, entre o pomo de adão (gogó) e a base do pescoço, pesando entre 15 e 25 gramas no adulto. Ela produz dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que regulam o metabolismo, que é a maneira como o corpo usa e armazena energia.
Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. A tireoide interfere também no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração no controle emocional e no humor.
“Na suspeita de alteração tireoidiana é realizada a dosagem dos hormônios no sangue. Às vezes são necessários exames de imagem como ultrassom e cintilografia. Os exames de sangue, como hormônio tireoestimulante, T4 livre e T3, avaliam a função da tireoide, ou seja, se produz pouco ou muito hormônio”, explica a médica endocrinologista, Dra. Paula Sacuma, da Clínica Hormone.
Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo, ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo. Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar, provocando o surgimento do bócio.
O hipotireoidismo pode ser classificado como a baixa produção de hormônios produzidos pela tireoide. É a doença mais comum da glândula, aparecendo frequentemente em mulheres e pessoas com mais de 60 anos de idade, podendo ser hereditário.
“A causa mais comum de hipotireoidismo é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, em que o organismo da pessoa começa atacar a própria tireoide como se fosse algo estranho, promovendo destruição da glândula. A retirada cirúrgica da tireoide, medicações ou tratamento com iodo para hipertireoidismo também são causas da doença”, explica o médico endocrinologista, Dr. José Henrique Castro, da Clínica Hormone, em Bauru.
O hipertireoidismo ocorre quando a glândula da tireoide encontra-se exageradamente ativa, produzindo uma excessiva quantidade de hormônios. O problema pode ser causado pelo surgimento de nódulos ou caroços na tireoide que produzem hormônios ou por doença autoimune da tireoide .
“Os principais sintomas do hipertireoidismo são o emagrecimento, palpitação, nervosismo, agitação, tremor de extremidades, insônia, hiperevacuação, olhos saltados, irritação ocular, aumento da glândula tireoide. O tratamento é realizado com medicações que diminuem a produção hormonal ou dose de iodoradioativo e, em alguns há a necessidade de cirurgia”, destaca médica endocrinologista, Dra. Paula Sacuma.
Problemas durante a gestação
Alteração da função da glândula tireoidiana durante a gestação também é bastante comum, em decorrência do aumento das demandas metabólicas e alterações adaptativas metabólicas que ocorrem na gravidez.
“Após o parto, as alterações na função tireoidiana retornam gradativamente ao normal. Mas, em alguns casos a mãe pode desenvolver tireoidite pós-parto por causa da mudança da sua imunidade após nascimento do bebê, podendo gerar alteração da função tireoidiana, geralmente transitória”, explica a Dra. Paula Sacuma.
Síndrome de Down
Doenças tireoidianas são mais frequentes em crianças com Síndrome de Down. Estes pacientes também podem apresentar pequenas alterações dos exames que não configuram doença, mas que devem ser acompanhadas de perto pelo médico.
É comum encontrarmos pessoas que utilizam métodos não comprovados cientificamente para a possível prevenção de doenças. “Para a tireoide, por exemplo, existem pessoas que suplementam iodo acreditando que possa ocorrer a prevenção das doenças de tireoide, mas esta atitude é potencialmente perigosa. Diversos estudos mostram que o consumo excessivo de iodo pode causar problemas de saúde”, alerta a especialista.
Dia de conscientização
No dia 28 de maio, a Clínica Hormone promoverá um Domingo da Tireoide, onde os endocrinologistas da clínica estarão na Avenida Getúlio Vargas, a partir das 9h, em uma tenda realizando exames de palpação da tireoide, orientações sobre a glândula, as doenças e encaminhamentos caso seja necessário um exame clínico mais detalhado. Os atendimentos serão gratuitos.
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