Os tratamentos hormonais após os 40 anos crescem constantemente, pois ajudam homens e mulheres a diminuírem os efeitos do processo natural de envelhecimento. As mulheres, em sua maioria, são as que mais sofrem nesta fase com o surgimento da menopausa. Já a reposição hormonal masculina é um tema considerado repleto de tabus e de dúvidas por homens. Por causa de vergonha ou medo, muitos não procuram ajuda médica.

 “A reposição hormonal é importante para proporcionar uma melhor qualidade de vida para ambos os sexos, sendo que para os homens a reposição hormonal irá melhorar a libido e a ereção, a disposição e a força muscular. Para as mulheres, a reposição visa tratar os sintomas vasomotores como as ondas de calor, ou fogachos, os sintomas urinários, com objetivo de melhora da chamada bexiga hiperativa, sintomas genitais e sexuais, com melhora da lubrificação vaginal e diminuição da atrofia vaginal e vulvar e prevenção de osteoporose”, explica o médico endocrinologista, Dr. José Henrique Castro.

Durante o envelhecimento, ocorre uma diminuição lenta e gradual dos níveis de testosterona. Com isso, podem surgir sintomas que indicam a necessidade de reposição hormonal em uma parcela dos homens.

“Os principais sintomas que surgem nos homens são a diminuição da libido, disfunção erétil, perda de ereção matinal, diminuição do vigor físico, irritabilidade, humor depressivo, e raramente diminuição dos pelos do corpo e diminuição de volume e consistência dos testículos”, destaca o endocrinologista.

A diminuição de produção hormonal masculina, diferentemente da menopausa, não determina o fim da fertilidade para o homem, mas apenas uma diminuição dela. Quando o tratamento é bem indicado e feito com acompanhamento médico, a reposição hormonal traz diversos benefícios aos homens, como melhora da libido e ereção, perda de peso e diminuição da gordura corporal, aumento da massa muscular e da densidade óssea.

Para as mulheres, a reposição hormonal é uma terapia que deve começar no climatério, fase da transição do período fértil para o não fértil e pode ser feita com hormônios naturais, sintéticos ou fitoesterois. A terapia ameniza as alterações no corpo provocadas pela diminuição dos hormônios femininos, não sendo capaz de interromper a menopausa, porém, alivia os sintomas e previne algumas doenças.

“Em mulheres temos algumas evidências ainda não conclusivas de que a reposição hormonal melhoraria também a sensibilidade à insulina e também poderia prevenir osteoartrites, câncer de cólon, ovário e pulmão, assim como prevenção de demência. As principais contraindicações para reposição hormonal em mulheres são história de tromboembolismo, câncer de mama e endométrio e história prévia de doença cardiovascular”, alerta a médica endocrinologista, Dra. Paula Sacuma.

A reposição hormonal não apresenta riscos ao paciente, desde que seja realizada de adequadamente e acompanhada por um médico especialista. O procedimento necessita de total acompanhamento para que não ocorram problemas posteriores. “Para os homens que realizam reposição de testosterona é feito um acompanhamento do nível de hematócrito e PSA. Nas mulheres ocorre a realização de mamografia e ultrassom do endométrio para acompanhamento”, explica a especialista.

 Dr. José Henrique Castro - CRM: 113448-SP | RQE: 47791

 Dra. Paula Sacuma - CRM: 109069-SP | RQE: 58537